Os Rituais e Crenças Mais Bizarros (e Fascinantes) de Culturas Antigas

Desde os primórdios da civilização, os seres humanos criaram rituais e crenças para explicar o mundo ao seu redor, estabelecer ordem na sociedade e honrar os deuses. Algumas dessas práticas podem parecer bizarras hoje, mas eram consideradas sagradas e fundamentais para muitas culturas antigas. Vamos explorar alguns dos rituais mais curiosos e fascinantes da história.

1. Auto-Mumificação dos Monges Budistas (Japão)

No Japão, alguns monges praticavam sokushinbutsu, um ritual extremo de auto-mumificação para alcançar a iluminação. Durante anos, eles seguiam uma dieta rigorosa e consumiam substâncias naturais que evitavam a decomposição do corpo após a morte. Depois, entravam em meditação até seu último suspiro, sendo enterrados vivos em uma câmara selada. Aqueles que não se deterioravam eram considerados verdadeiros budas.

2. Sacrifícios Humanos Astecas (México)

Os astecas acreditavam que o Sol precisava de sangue humano para continuar sua jornada diária. Por isso, praticavam sacrifícios humanos em larga escala, oferecendo prisioneiros ou voluntários aos deuses. Em algumas cerimônias, o coração da vítima era arrancado enquanto ainda batia e oferecido ao deus Huitzilopochtli. Apesar da brutalidade, essas práticas eram vistas como essenciais para manter o equilíbrio do universo.

3. O Ritual de “Sati” na Índia

Na Índia antiga, algumas viúvas eram incentivadas a praticar o sati, um ritual em que se lançavam vivas na pira funerária do marido falecido. Esse ato era visto como uma demonstração suprema de devoção e honra. Embora tenha sido proibido no século XIX, relatos esporádicos dessa prática ainda surgiram até tempos mais recentes.

4. O Festival dos Mortos em Madagascar

O povo Malgaxe tem um fascinante ritual chamado Famadihana, ou “a virada dos ossos”. A cada sete anos, os familiares desenterram os corpos dos seus entes queridos, envolvem-nos em novos tecidos e celebram a vida com festas, danças e música. Para eles, a conexão com os mortos não termina com a morte, e esse ritual reforça os laços familiares.

5. O Enterro Celestial no Tibete

No Tibete, há um costume chamado enterro celestial, no qual os corpos dos falecidos são deixados ao ar livre para serem consumidos por aves de rapina. Essa prática, fundamentada no budismo tibetano, considera que o corpo é apenas um recipiente e que alimentar os animais simboliza um ciclo natural de renovação.

6. O Ritual Viking do “Blót” (Escandinávia)

Os vikings realizavam o Blót, um ritual de oferendas aos deuses e espíritos da natureza. Em algumas cerimônias, animais e até humanos eram sacrificados para garantir boas colheitas, proteção em batalhas e prosperidade. Acreditava-se que, ao agradar os deuses, o equilíbrio e a sorte eram preservados.

7. O Julgamento pelo Afogamento na Europa Medieval

Na Idade Média, muitas pessoas acusadas de bruxaria eram submetidas a um julgamento pelo afogamento: eram jogadas em um rio ou lago amarradas. Se sobrevivessem, eram consideradas bruxas e punidas; se morressem, eram consideradas inocentes, mas já era tarde demais. Esse método cruel ilustra como o medo e a superstição influenciavam a sociedade da época.

Os rituais e crenças das culturas antigas refletem sua visão de mundo e a busca por compreensão do desconhecido. Por mais estranhas que algumas dessas práticas possam parecer hoje, elas faziam sentido para quem as realizava. Explorar essas tradições nos ajuda a entender a diversidade das experiências humanas ao longo da história.


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